quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ex-presidente do Egito é detido

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi condenado a passar 15 dias na prisão nesta quarta-feira, 13, garantindo aos militares que governam o país o respeito de manifestantes ao eliminar suspeitas de que estariam protegendo o ex-líder de investigações.
Mubarak, deposto em 11 de fevereiro após manifestações intensas contra seu governo de 30 anos, foi internado na terça-feira após uma "crise cardíaca", informou a imprensa estatal. Informações, no entanto, divergem sobre a gravidade do seu estado de saúde.
O Ministério Público convocou e interrogou Mubarak sobre o assassinato de manifestantes, desvio de dinheiro público e abuso de poder. Mais de 380 manifestantes foram mortos nos 18 dias de manifestações que levaram à queda de Mubarak.
"O ex-presidente Hosni Mubarak foi detido por 15 dias para investigação", informou a televisão estatal.
Seus dois filhos, Alaa e Gamal, também foram interrogados como parte da investigação e detidos, disse a TV.
Em seu primeiro comentário público desde sua renúncia, transmitido pela televisão Al Arabiya no domingo, Mubarak negou as acusações.
Um helicóptero militar pousou perto do hospital onde Mubarak estava internado em Sharm el-Sheikh, na quarta-feira, para transportar o ex-presidente ao Cairo, informou a rede de TV Al-Jazeera. Uma fonte de segurança disse à Reuters que Mubarak poderia ser transferido ao Cairo ou arredores para participar do inquérito.
Não houve confirmação oficial da prisão. Outra fonte de segurança disse mais cedo que se esperava que Mubarak continuasse em Sharm el-Sheikh.
A agência de notícias oficial também disse que ainda não foi determinado o local para o qual Mubarak seria levado. A agência relatou um forte esquema de segurança em torno do hospital no balneário do Mar Vermelho.
A fonte disse que os filhos de Mubarak foram levados para uma prisão nos arredores de Cairo, integrando uma lista de ex-ministros e funcionários sob investigação e detidos na mesma prisão.
Gamal, de 47 anos, filho mais novo de Mubarak, mantinha um alto cargo no partido governista. Muitos egípcios acreditavam que ele estaria sendo preparado para suceder seu pai, embora ambos negassem tais planos.

Fonte: Canção Nova

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