quinta-feira, 14 de abril de 2011

DECLARAR E ACLAMAR UM SANTO

A notícia de que Bento XVI declarará beato seu antecessor João Paulo II merece reflexão. É uma prática do catolicismo e um direito do Papa. A quase totalidade dos católicos lhe dá este direito. Aceitamos sua liderança. Pode ser que, aos olhos de muitos católicos, João Paulo II devesse esperar, mas milhões acham sua vida, seu testemunho e seus sofrimentos suficientes para que o incluam entre os exemplos a serem seguidos. Ele amou e testemunhou Jesus e viveu heroicamente a sua fé. Não há santos perfeitos neste mundo, mas ele e outros candidatos como Irmã Dulce viveram a fé com maior perfeição do que a nossa. Declaremos e proclamemos. Jesus fez e continua fazendo novos santos.
Os católicos privadamente proclamam alguém santo, ou santa quando percebem valores cristãos elevados nesta pessoa. Oficialmente, porém, alguém é declarado santo ou santa quando sua vida foi toda voltada para Deus e para o próximo. Como se trata de assunto estritamente católico, uma vez que outras igrejas também proclamam a santidade ou vida santa de seus fundadores e fiéis mais ilustres, mas os cultuam de outra forma, vale a pena entender o porquê destas beatificações ou canonizações.
No fundo tudo pode ser resumido nas frases: Deus é glorificado nos seus santos. Foi herói ou heroína da caridade. Deu a vida pelos outros e viveu pelo reino de Deus.
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus. (Mt 5, 48)
Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; (I Pd 1, 15)
Portanto santificai-vos, e sede santos, pois eu sou o SENHOR vosso Deus. (Lev 20, 7)
Santos serão a seu Deus, e não profanarão o nome do seu Deus, porque oferecem as ofertas queimadas do SENHOR, e o pão do seu Deus; portanto serão santos. (Lev 21, 6)

Para confirmar os vossos corações, para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso SENHOR Jesus Cristo com todos os seus santos. (I Ts 3, 13)
De certa forma o primeiro santo canonizado foi João Batista a quem Jesus declarou santo. Segundo está nos evangelhos, o próprio Jesus deu o critério para o que a Igreja passou a fazer:  Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a própria vida pelo bem dos outros  (Jo 15,13).
Mas nem todos os declarados e aclamados foram imediatamente aceitos pela Igreja. Em alguns casos levou tempo. Houve casos que esperaram 400 anos até serem  proclamados e declarados santos, isto é: cristãos sancionados, provados  e selados como sinais do Reino. Sanctus, santo, vem de sancire, sancionar...Deus e a Igreja assinariam em baixo desta vida! 
Houve casos quase imediatos. Muitos mártires e Francisco de Assis, por exemplo, em menos de um ano foram canonizados. Entraram no cânone dos bem-aventurados que a Igreja aposta que estão salvos e no céu. Ultimamente, José Escrivá, o Fundador da Opus Dei, levou 27 anos. Dom Romero já leva mais de 40 anos em processo e, no entanto, ele morreu pela libertação do seu povo que morria sob uma cruel ditadura.

Tereza de Calcutá levou menos de dez, João XXIII menos de 50, João Paulo II menos de 7, Irmã Dulce menos de 15 anos após a morte. Em alguns casos, a Igreja ouviu a aclamação dos fiéis ou de um grupo de fiéis; em outros, não ouviu e até chegou a tirar da lista de proclamáveis e declaráveis algum candidato sobre quem se lançaram dúvidas pelo que teriam dito e escrito.
É critério da Igreja e não cabe a nenhum grupo querer impor o seu candidato ao reconhecimento de toda a Igreja. E daí? Seu candidato não foi declarado, o que não significa que não tenha levado vida santa.  A Igreja não se opõe ao fato de seus fiéis admirarem algum católico que viveu vida heróica. Poderemos pedir a prece de nossos pais e de nossos irmãos de vida santa, desde que não o façamos contra a proposta da Igreja.
Dizer que alguém não será proclamado beato não é o mesmo que dizer que ele não se salvou, que não está no céu ou que sua vida não foi santa. Significa apenas que a Igreja não o proclamará modelo em tudo. Muitos dos santos que admiramos nem sempre escreveram ou disseram coisas hoje aceitas pelos católicos. Estão aí os livros para provar que a Igreja não concorda com eles em tudo. A Igreja mudou muitos conceitos e muitas de suas práticas e hoje, quem dissesse o que eles disseram ou fizesse o que eles fizeram não seria aprovado como modelo de ética cristã. Mas foram vistos como pessoas totalmente dedicadas ao Reino.
Como não há santo sem escorregão e nenhum santo é perfeito e sábio em tudo, a Igreja tem o direito de decidir quem deve ser venerado oficialmente e quem deve esperar. Haverá sempre algum questionamento, mas há que se respeitar a voz do povo e a voz da liderança. Somos produtos de um tempo e os santos viveram outras épocas e outras situações de conflito.
Os irmãos de outras igrejas que cultivem seus heróis do seu jeito. Respeitamos. Mas não nos acusem de adorar os santos! Esta calúnia não admitiremos. Só adoramos a Deus, mas nunca deixaremos de proclamar que ele é bendito pelos santos que nos deu. É bíblico, é teológico e nobre. Gratidão também é sinal de santidade!     

Igreja de Natal se solidariza com a dor da comunidade escolar do Rio de Janeiro

A Paróquia da Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, da Cidade do Natal, realizará uma concentração das Escolas Municipais da cidade, na Procissão do Encontro, em solidariedade à comunidade escolar do Rio de Janeiro, vítima do massacre que provocou a morte 12 crianças. O tema é: Educação, Vida e Paz.
 
Foto: Pascom Nova Cruz/RN
A concentração das Escolas acontecerá na Praça Cívica, sexta-feira, dia 15, às 15h30. Às 16 horas, as escolas sairão em caminhada para a Catedral Metropolitana de Natal, onde se dará o encontro com as imagens do Bom Jesus dos Passos e Nossa Senhora da Soledade, que sairão, respectivamente, da Matriz do Bom Jesus das Dores, na Ribeira, e da Antiga Catedral, Cidade Alta, na tradicional Procissão do Encontro, realizada sempre na sexta-feira que antecede a Semana Santa.

Durante o encontro, em frente à Catedral, serão feitas preces relacionadas a três dores: a dor de Maria, que se encontra com o seu Filho, Jesus, com a Cruz; a dor do Planeta, que “geme como em dores de parto” (Campanha da Fraternidade 2011); e a dor da comunidade escolar do Rio de Janeiro, com o massacre.


Fonte: www.arquidiocesedenatal.org.br

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vaticano decreta data de memória litúrgica de JPII

Em razão da beatificação de João Paulo II, que será presidida pelo Papa Bento XVI no dia 1º de maio, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos emitiu um decreto regulamentando o culto litúrgico reservado ao futuro beato.

O dia 22 de outubro foi escolhido para celebração em memória de João Paulo II na Diocese de Roma e nas dioceses da Polônia.


Confira a íntegra do decreto

Para o culto litúrgico e prestação de homenagem em honra ao Beato João Paulo II

Em caráter excepcional, reconhecida por toda a Igreja Católica espalhada por toda a terra é a beatificação do Venerável João Paulo II, de feliz memória, que acontecerá na Praça São Pedro, em Roma, presidida pelo Santo Padre  Bento XVI.

Em vista de tal extraordinariedade, foi recebido numerosos pedidos sobre o culto litúrgico em honra do novo beato. Segundo pontos e formas estabelecidas pela lei, esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos comunica a disposição destes pedidos.


Se dispõe que no ano sucessivo à beatificação de João Paulo II, até o dia 1º de maio de 2012, seja possível celebrar uma Santa Missa em Ação de Graça nos lugares e dias significativos. A responsabilidade de estabelecer o dia ou os dias, como também o lugar e os lugares de encontro do povo de Deus, compete ao bispo diocesano para a sua diocese. Consideradas as necessidades físicas e as conveniências pastorais, se concede a possibilidade de celebrar uma Santa Missa em honra ao novo beato em um domingo durante o ano como também em um dia entre 10 e 13, da tabela dos dias litúrgicos.

Do mesmo modo, para as famílias religiosas compete ao Superior Geral oferecer indicações sobre os dias e lugares significativos para toda a família religiosa.

Para a Santa Missa, haverá a possibilidade de cantar o Glória, recolhimento da coleta em honra ao beato. Já as outras orações, o prefácio, as antífonas e leituras bíblicas são extraídas em comunhão com os pastores para a memória de um Papa.

Se ocorrer num domingo durante o ano, para as leituras bíblicas, se poderá escolher textos adequados pela Comunidade dos pastores para a primeira leitura, Salmo responsorial e ao Evangelho.

As inscrições do novo Beato nos Calendários particulares

Se dispõe que, no Calendário próprio da Diocese de Roma e das dioceses da Polônia, a celebração do Beato João Paulo II, seja registrada no dia 22 de outubro e celebrada, a cada ano, como memória.

Sobre os textos litúrgico, se concede como própria a oração da comunidade e a segunda leitura do Oficio das leituras, com seu responsório. Os outros textos são escolhidos na Comunhão de pastores, para a memória de um Papa.

Quanto aos outros Calendário próprios, a requisição da memória facultativa do Beato João Paulo II poderá ser apresentada pela Congregação das Conferências dos Bispos para o seu território, pelo Bispo para a sua diocese e pelo Superior Geral para a sua família religiosa.

Dedicação de uma igreja a Deus em honra ao novo beato

A escolha do Beato João Paulo II como titular de uma igreja prevê induto da Sede Apostólica  (cf. Ordo dedicationis ecclesiae, Praenotanda, nº 4), exceto quando já esteja inscrita no calendário particular: neste caso, não é necessário o induto, pois na igreja na qual ele é titular, está reservado para o grau de festa (cf. Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum, Notificatio de cultu Beatorum, 21 de maio de 1999, nº 9).

Fonte: Canção

 

Ex-presidente do Egito é detido

O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak foi condenado a passar 15 dias na prisão nesta quarta-feira, 13, garantindo aos militares que governam o país o respeito de manifestantes ao eliminar suspeitas de que estariam protegendo o ex-líder de investigações.
Mubarak, deposto em 11 de fevereiro após manifestações intensas contra seu governo de 30 anos, foi internado na terça-feira após uma "crise cardíaca", informou a imprensa estatal. Informações, no entanto, divergem sobre a gravidade do seu estado de saúde.
O Ministério Público convocou e interrogou Mubarak sobre o assassinato de manifestantes, desvio de dinheiro público e abuso de poder. Mais de 380 manifestantes foram mortos nos 18 dias de manifestações que levaram à queda de Mubarak.
"O ex-presidente Hosni Mubarak foi detido por 15 dias para investigação", informou a televisão estatal.
Seus dois filhos, Alaa e Gamal, também foram interrogados como parte da investigação e detidos, disse a TV.
Em seu primeiro comentário público desde sua renúncia, transmitido pela televisão Al Arabiya no domingo, Mubarak negou as acusações.
Um helicóptero militar pousou perto do hospital onde Mubarak estava internado em Sharm el-Sheikh, na quarta-feira, para transportar o ex-presidente ao Cairo, informou a rede de TV Al-Jazeera. Uma fonte de segurança disse à Reuters que Mubarak poderia ser transferido ao Cairo ou arredores para participar do inquérito.
Não houve confirmação oficial da prisão. Outra fonte de segurança disse mais cedo que se esperava que Mubarak continuasse em Sharm el-Sheikh.
A agência de notícias oficial também disse que ainda não foi determinado o local para o qual Mubarak seria levado. A agência relatou um forte esquema de segurança em torno do hospital no balneário do Mar Vermelho.
A fonte disse que os filhos de Mubarak foram levados para uma prisão nos arredores de Cairo, integrando uma lista de ex-ministros e funcionários sob investigação e detidos na mesma prisão.
Gamal, de 47 anos, filho mais novo de Mubarak, mantinha um alto cargo no partido governista. Muitos egípcios acreditavam que ele estaria sendo preparado para suceder seu pai, embora ambos negassem tais planos.

Fonte: Canção Nova